Você diz que não sabe como consigo ser tão auto-destrutiva. Não existe mais o que destruir. Você escuta isso, e diz que sou exagerada e ingrata com Deus, a vida, o cósmo e sei lá mais quem. Gratidão é algo que não se sente por obrigação ou conveniência. Sente-se por reconhecimento de algo bom.
Você diz que sou tão triste, que meu olhar é sempre vago e distante. Então, você se aproxima de mim e tenta me dar algum prazer sexual, como se dessa forma eu/você pudesse manter meu corpo ocupado em sentir o seu. Mas, nem sempre eu sinto. Às vezes, não te sinto dentro de mim. Estou tão compenetrada em me imaginar num plano superior que simplesmente não te sinto. Então, olho para o teto de algum quarto qualquer, na esperança de que ele se abra e algo de bom me seja mostrado dos céus. Isso nunca acontece. Volto a mim, e o único movimento que percebo é do seu corpo tentando entrar cada vez mais no meu.
Minha apatia te frustra. Sua esperança em tentar conseguir o melhor de mim me deprime.
(Escrito em 28/02/2007)
2 comentários:
Daí Sheylinha!!!
Taí a moça escrevendo, bem e bastante. Gostei muito, da profundidade(de poço mesmo) que se pode atingir na tua confissão, na beleza dos teus versos doídos.
Um abraço e bons textos.
Douglas
NOSSA GAROTA, MUITO BOM.
CONSEGUIU COLOCAR NO TEXTO OS DETALHES MAIS TRISTES, MAIS ANGUSTIANTES. E PASSAR PARA O LEITOR TODA A ESPERANÇA, MISTURADA COM MELANCOLIA, DE UMA MULHER PROCURANDO UMA LUZ, COMO CITADO EM UM TRECHO: "CAIR DO CÉU ALGO BOM".
PARABÉNS.
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