Crônicas De Um Velho Que Morreu Lúcido.
-Microcontos-
Voltei e permanecia morna.
Das portas lá de casa a do banheiro é mais necessária.
Era engraçado, mas ao próximo que entrar no elevador só eu sabia o que iria acontecer.
Quando avisei pro meu filho que iria morrer resistiu enquanto pode. Ele nunca me obedecia.
Não paravam de comentar quando o padre engravidou.
As amigas se decepcionaram quando, no seu terceiro casamento, Suzana resolveu ficar com o buquê.
Depois que Dona Dulce morreu na missa mais bancos ficam vazios.
Um pouco enciumada permitiu que Seu Rubens, o “Ratinho”, fosse velado na gafieira.
Enquanto subia a escada do edifício despida sentiu seus seios tão rijos quanto antigamente.
Os amigos se revoltaram quando não fez no braço uma tatuagem de índio, e sim do John Wayne.
escrito por Douglas König de Oliveira
quarta-feira, 18 de março de 2009
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