quarta-feira, 18 de março de 2009

Crônicas De Um Velho Que Morreu Lúcido.


-Microcontos-


Voltei e permanecia morna.


Das portas lá de casa a do banheiro é mais necessária.


Era engraçado, mas ao próximo que entrar no elevador só eu sabia o que iria acontecer.


Quando avisei pro meu filho que iria morrer resistiu enquanto pode. Ele nunca me obedecia.


Não paravam de comentar quando o padre engravidou.


As amigas se decepcionaram quando, no seu terceiro casamento, Suzana resolveu ficar com o buquê.


Depois que Dona Dulce morreu na missa mais bancos ficam vazios.


Um pouco enciumada permitiu que Seu Rubens, o “Ratinho”, fosse velado na gafieira.


Enquanto subia a escada do edifício despida sentiu seus seios tão rijos quanto antigamente.


Os amigos se revoltaram quando não fez no braço uma tatuagem de índio, e sim do John Wayne.




escrito por Douglas König de Oliveira

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