o poeta azul
reporta um ipê solar
busca na febre o que é o outro
o perdão de futuros roubos
desconhecido familiar
a veemência de chamar o tempo
lapidar um robusto cristal
lazer para o fim dos tempos
uma fluída paixão
virtudes em delações daninhas
em candeeiros jazendo inflamados
a juventude das idéias torpes
amor, falência e danação
surgir como carrasco arcanjo
de quem se imola em devoção as formas
e na falta de pacífica sombra
rivalizar com o sol
um poema não quebra pedras
nem restitui espíritos malogrados
não cura taras, vícios nem credos
não faz ressurgir uma criança
o poema, além de um desvio
é um testamento de defuntas preces
onde assumi-mos diante das feras
a conseqüência de um olhar
Douglas König de Oliveira.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
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Um comentário:
Muito azul D!!
e a defunta tem relação comigo?
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gosto muito do que escreve.
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