segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O fim!


Era o fim, sempre o fim. Cansara-se daquilo há muito, mas não podia evitar. O fim sempre estava ali, logo após tudo, tão óbvio, tão fatal. O fim o devorava, um pouco e sempre todas as vezes que sentia o seu gosto. Isto era o que havia de mais estranho em sua vida, o inevitável fim.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Lançamento do caderno "De víveres e haveres"



Um ano após a forja das palavras, eis que surge para os primeiros tabelionatários o resultado de seus esforços. Segue o convite para o lançamento do caderno "De víveres e haveres", realizado por forjadores de palavras de Tubarão e organizado pelo mestre Dennis Radünz, em manhãs e tardes mornas de novembro e dezembro de 2007.
Aos novos tabelionatários, não se esqueçam que ano que vem serão vocês.

Escritores inéditos lançam livro no SESC

11 escritores tubaronenses deixam de ser anônimos para terem suas obras publicadas, na quarta-feira, dia 17 de dezembro. Eles tiveram seus contos impressos no caderno "De Víveres e Haveres", fruto de uma oficina de escritores realizada pelo SESC anualmente. O lançamento acontece no restaurante do SESC, às 20h.

Para lançar a obra, os novatos autores organizaram um Sarau Poético. Nele, haverá apresentações musicais, performances teatrais e declamação de poemas. A entrada é franca e a participação no Sarau é também aberta ao público. Desse modo, quem se dirigir ao restaurante do SESC na próxima quarta-feira pode, sem nenhum problema, declamar seu poema ou cantar a música que compôs.

"De Víveres e Haveres" foi organizado pelo escritor Dennis Radünz, quem ministrou o curso de escritores. O trabalho durou três fins-de-semana, nos quais os participantes tiveram contato com o universo literário, conhecendo a teoria daquilo que eles deveriam pôr em prática. O resultado agradou aos participantes. "Fiquei muito feliz quando vi o meu conto impresso no livro. Dá a sensação do dever cumprido, a gente sente que valeu a pena todo o trabalho", conta Vivian Sipriano, estudante de Jornalismo, que participou do curso de escritores realizado no ano passado.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O Princípio









não se sabe ao certo se é o princípio ou se é o fim. apenas surge inexplicavelmente em algum lugar um ou mais pontos no escuro.
o efeito desse acontecimento, se pararmos para pensar, é extraordinário. um escuro total é invadido por um ponto branco, ou vermelho ou amarelado... depois outro e outro. estrelas pixeladas no abstrato dessa não-cor. do suposto nada, algumas linhas se desenham e formam o infinito. podemos imaginar as formas, as abstrações desses pixels. podemos imaginar o que o fez existir. uma explosão, uma reação qualquer? algo leve, algo pesado, podemos imaginar até uma tesoura perfurando o preto, uma lona se desfazendo, um plástico derretendo. podemos dizer que atrás do escuro as imagens sempre existiram. nunca nasceram.
na verdade, o evento seria maravilhoso, mas não acompanhamos os eventos diários. a maravilha se repete em cada amanhecer, mas não há tempo. todos os dias o relógio toca e nos levantamos a contragosto. café, cigarro, celular, chaves, ponto. ali passamos nossas oito horas e voltamos pra casa cansados demais para ler um livro ou assistir a um filme. cansados demais para transar ou para se incomodar em saber como os dias nascem e as noites morrem.


In: só se for mais